
Camila de Caux
Palestrante
Etel Adnan e a montanha infinitesimal, ou: gente-montanha em tempo de catástrofe
"Quem é a pessoa mais importante que você já conheceu?", perguntaram certa vez à artista visual, poeta e ensaísta libanesa Etel Adnan. "Uma montanha", ela respondeu. Esta apresentação propõe uma revisitação à noção antropológica de pessoa tendo como fio condutor a relação sensorial que Adnan manteve, por mais de duas décadas, com uma única montanha - o Monte Tamalpaïs, nos Estados Unidos.
A partir da série de pinturas que compõem sua "jornada para a montanha", encaro sua obra como uma das vias para o que Elizabeth Povinelli chamou de "desmoronamento da distinção autoevidente entre Vida e Não-Vida". "Como um mundo começa a parecer quando o pensamos a partir de seus elementais e de suas composições e decomposições?", perguntam os autores de Reactivating Elements (Papadopoulos et alli, 2021).
Parto dessa provocação para acolher o convite de Etel Adnan para a efetivação de uma disposição relacional infinitesimal, capaz de perceber a montanha como um sujeito em constante transição.
Trabalho no Evento
Dia e Hora: 28 de Agosto — 11h00 às 13h00 (Mesa 8)
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